O peixe é uma ótima fonte de proteínas completas, ferro e outros minerais, sendo importante que se usem variedades ricas em ácido gordo Ómega 3. O seu consumo regular diminui o desenvolvimento de doenças do coração e aterosclerose, e influencia o controlo da pressão arterial. Nos idosos, pode reduzir o risco de desenvolvimento de Alzheimer e ajudar no desenvolvimento cerebral e na regeneração das células nervosas.
Investigadores britânicos recomedam que as grávidas consumam salmão, sardinha e outros peixes que contenham ácidos gordos ómega3 por considerarem que esta gordura previne a depressão, antes e depois do parto, ao mesmo tempo que protege contra a doença cardíaca. [O estudo, apresentado durante o encontro anual da American Psychiatric Association, mostrou que quanto mais peixe as mulheres ingeriam no primeiro trimestre de gravidez, menos sinais de depressão grave apresentavam até oito meses depois do parto.]
Outros investigadores declaram que consumir quantidades moderadas de peixe rico em gorduras, como salmão e sardinhas, pode reduzir para metade o risco de cancro da próstata, sublinhando que para além de combater as doenças cardiovasculares, este alimento mostrou também resultados promissores na protecção contra o cancro do cólon, recto e dos ovários. [Estudos testados em animais, mostraram que os peixes gordos podem impedir o crescimento do cancro da próstata. Num outro estudo, especialistas constataram que este tumor maligno era muito menos frequente nos homens com níveis elevados de ácidos gordos no sangue. Finalmente, um novo estudo realizado na Suécia e publicado no The Lancet revela que os homens que consomem quantidades moderadas de peixe rico em gordura têm metade do risco de desenvolver cancro da próstata.]
Quase sempre o uso deste ou daquele peixe tem a ver com a cultura de um povo, o que não significa que, com a globalização, esta não seja miscenizada. Há uns 20 anos atrás o salmão era, em Portugal, um peixe que só se vendia em lojas gourmet, em conserva ou fumado! Nada se sabia de ómega3 e o português comia carapau da Nazaré seco ao sol – que saudades!!!! - , bacalhau salgado e sardinha! Esta sim, sempre houve mas só no tempo da apanha porque não havia ainda a congelação. Tempos….
Nem todos os organismos toleram bem a sardinha e podemos não encontrá-la em alguns países, pelo que na sua falta, ou em vez de, pode usar-se com vantagens nutrofológicas o arenque, (espécies diferentes da mesma família - muitas das sardinhas em conserva vendidas nos supermercados podem ser espécies de arenques pequenos). O arenque, conhecido como fonte alimentar desde 3000 a.C., é um pequeno peixe gorduroso cuja gordura está dispersa por toda a carne e pele. É muito rico em ácidos gordos ómega 3, EPA (ácido eicosapentaenóico) e DHA (ácido docosahexanóico) e é ainda fonte de vitamina D.
Nos Países Baixos, o arenque tem um papel importante no desenvolvimento económico e histórico do país desde antes do século XIV (nos Países Baixos as barracas e roulottes de venda de arenque são tão populares quanto são em Portugal as que vendem farturas, xurros e cachorros! Depois queixamo-nos da qualidade da nossa saúde!!!). No Brasil o arenque também é conhecido pelo nome de Hering.
Quanto ao salmão, peixe muito querido pelos japoneses, é um peixe da família que inclui também as trutas e o seu valor nutricional vai muito para além dos ácidos gordos ómega3. Em referência à DDR (dose diária recomendada), 110gr de salmão grelhado ou assado fornecem:
- 10% das Calorias (261,95), 103 % de Triptofano (0,33g); 102% de Vitamina D (411UI); 87% de Ácidos Gordos Ómega-3 (2,09g); 75,8 % de Selénio (53,07mcg); 58% de Proteína (29,14g); 56% Vitamina B3 (11,34 mg); 54 de % Vitamina B12 (3,25mcg); 42% de Fosfóros (420 mg); 34% de Magnésio (138,35 mg); 26% de Vitamina B6 (0,52mg).
A ingestão de ácidos gordos da cadeia ómega 3 é muito importante para o organismo humano porque auxilia na diminuição dos níveis de triglicerídeos e colesterol ruim LDL, enquanto pode favorecer o aumento do colestrol bom HDL. Possui ainda importante papel em alergias e processos inflamatórios, pois são necessários para a formação das prostaglandinas. Para além dos peixes especialmente de águas frias e acima referidos, podemos encontrá-lo nas nozes, castanhas, rúcula e óleos vegetais, como azeite, canola, soja e milho.